Celina trabalha na guarita de pedágio de uma remota estrada no deserto. O tempo parece estar suspenso, mas o entorno, perspectiva aberta na paisagem desolada, aponta um novo horizonte. Após a morte do pai doente, a protagonista empreende essa viagem à qual estava predestinada, iniciando uma deriva – meio road movie, meio fuga – em busca de questões determinantes de sua identidade familiar. Com frescor, Salem propõe que nem todas as perguntas têm respostas, e que o caminho é seguir caminhando, mesmo que às cegas.
Fernando Salem (Buenos Aires, 1976) estudou Ciências da Comunicação na Universidad de Buenos Aires (UBA) e se graduou realizador na Escuela Nacional de Experimentación y Realización Cinematográfica (ENERC). Seu curta Trillizas propaganda! (2006) colheu reconhecimentos em prestigiosos festivais, além de obter o Cóndor de Plata (Globo de Ouro argentino). Como funcionam quase todas as coisas é seu primeiro longa.
Como funcionam quase todas as coisas teve sua estreia no 30º Festival Internacional de Cine de Mar del Plata, onde Salem ganhou o prêmio de Melhor Diretor na Competição Argentina.