Crítica social, irreverência, horror e humor, em uma estética inovadora. Esses são alguns dos principais ingredientes que os espectadores encontrarão na mostra A Caliwood de Luis Ospina: cinema colombiano de vanguarda, em cartaz na CAIXA Cultural do Rio de Janeiro de 27 de junho a 9 de julho de 2017. Com curadoria de Lúcia Ramos Monteiro, a mostra traz uma retrospectiva completa do cineasta colombiano fundador do Grupo de Cali e expoente do cinema independente da Colômbia.

Com um total de 34 filmes, A Caliwood de Luis Ospina é a primeira retrospectiva desta envergadura dedicada ao cineasta no Brasil, e a mais completa retrospectiva jamais realizada em sua homenagem. A mostra conta com 29 filmes do cineasta, entre longas e curtas-metragens, e com produções de outros diretores com quem ele trabalhou, como Carlos Mayolo e Patricia Restrepo. A programação da mostra inclui uma masterclass ministrada por Ospina, um minicurso com Patricia Machado (PUC-Rio), Marc Berdet (USP) e Fabián Núñez (UFF), além de diálogos entre o cineasta e os realizadores brasileiros Sandra Kogut e João Moreira Salles.

Autor de uma vasta, contundente e constante filmografia, que combina ficções, documentários e filmes experimentais, Ospina situa seus trabalhos na intersecção entre o cinema, o vídeo e as artes visuais ao mesmo tempo em que oferece um retrato da cultura e da sociedade colombianas para além dos estereótipos.

Ao lado de Andrés Caicedo, Carlos Mayolo e Ramiro Arbeláez, Luis Ospina funda em 1971 a Ciudad Solar, misto de moradia coletiva e centro cultural que logo se torna o epicentro da energia criativa em Cali, agregando artistas plásticos, escritores, curadores, críticos e cineastas em formação. A produção cinematográfica ali é tão intensa nos anos seguintes que surge o apelido: Caliwood.